24 setembro, 2013

SENSAÇÃO DE ARREPIO

O que nos mexe. O que nos toca. O que nos faz ser mais e maior. O que nos dá aquela sensação de arrepio que percorre todo o corpo. Conhecer-mo-nos é sinónimo de vida. A nossa vida. 

10 dias após tê-los descalçado com esforço, decidi que as saudades tinham que ser deixadas para trás e fiz-me à estrada. Passava pouco das 23h e na rua as pessoas aqueciam as esplanadas. A velocidade foi moderada, tal como a distância: 4 km em 30 minutos. Hoje o importante não foi ultrapassar metas antigas, foi sentir por todo o meu corpo que a minha Felicidade passa por este simples acto de liberdade. 





21 setembro, 2013

OLÁ, O MEU NOME É BÁRBARA E SOU VICIADA

Já se passaram 7 dias desde a fatídica lesão e, apesar de estar consciente que preciso de mais alguns dias, estou que não posso. Não sei o que fazer ao Sábado de manhã. Sim, dormir seria uma opção mas sei que depois acordaria a sentir-me ainda mais inútil. Depois penso em mil e um planos interessantes mas envolvem sempre andar e cansar o pé. What a blah day!

Já chega, vou a uma aula de yoga e, dentro dos possíveis, fazer os exercícios que o meu pé permitir! E é a aula que envolve menos movimento e tudo (sim, estou a convencer-me que é uma boa opção). 

Isto parece uma conversa de viciados mas a verdade é que o desporto tornou-se no meu #high diário. Preciso daquela dose de endorfinas para sentir-me normal. 7 dias sem a droga de eleição é demasiado! 

Até jáááááá!





17 setembro, 2013

MR. OVERCOME

Youtube. Instagram. Ironman. Nike. Aviões. Estas são as primeiras palavras que me ocorrem quando penso em Casey Neistat. Ah, e obcecado por isto:


Agora imaginem todas estas células envoltas num profundo espírito de superação! Bom, para mim são horas de entretenimento! E o seu mais recente vídeo, em África, demonstra como ele simplesmente não consegue estar parado.



Se depois disto querem saber mais sobre ele, aqui fica um óptimo perfil pelo The Aesthete. A sneack peek:

"Physically, Neistat is an intense looking man. With the face of a Russian boxer who has grown out his hair during hiatus, he possesses that kind of rare human energy that, if otherwise directed, could be used for criminal endeavors. He’s also in enviably good shape. You can’t purposely flip over the handlebars of a bike (watch his video protest of the city’s inane bike lane laws to see why) or jump into the sea from a 100-foot-high cliff unless your body can take it."



P.S.: The Truth Behind Calorie LabelsCasey estava com dúvidas por isso colocou as mãos na comida. Literalmente. E com ajuda científica. 

16 setembro, 2013

O HABITUÉ DAS LESÕES

Estar lesionada ao fim-de-semana até nem é de todo mau, já durante a semana é simplesmente um aborrecimento. A mochila do gym está vazia, os ténis sossegados e eu também. Fisicamente apenas porque psicologicamente estou em modo craving: #queromexermejá! Depois são os compromissos profissionais que me fazem andar, ou melhor, coxear. Um trajecto que normalmente leva 5 minutos demora 15, e eu com uma indumentária preta debaixo deste sol. Na mouche, Madame Babi, na mouche! Acho que lentamente estou a melhorar mas, na verdade, há momentos em que me sinto num limbo da suposta recuperação. 

Mas como este tipo de lesões estão inerentes ao desporto, deixo aqui as mais típicas de corredores, seleccionadas pelo TSF Runners (muito amor a este podcast, btw). E como a sua coolness não se fica pelas palavras, o TSF Runners terá a sua primeira corrida já a 26 de Outubro, em Lisboa. Todos os detalhes e inscrição aqui. Se melhorar a tempo da 10k, quem sabe! Vontade não falta!

15 setembro, 2013

UMA NOITE MAL DORMIDA

Depois do episódio de ontem, fui o mais prática possível e baixei o volume do queixume ao mínimo. É uma entorse, nada mais! Isto foi durante o dia mas, à noite, esperava-me outro cenário.

Local do sonho: Rio de Janeiro;
Objectivo: voo de parapente.

Todos saltavam e eu continuava na rampa. Não compreendia porquê e não conseguia ver o meu corpo. De repente fiquei só, no topo, com a cidade aos meus pés e refém de mim mesma. Após alguns desenvolvimentos compreendi que nunca mais poderia fazer desporto, que engordaria tudo o que havia para engordar - uma morte lenta - e, a determinado ponto, a anorexia seria o meu escape.

Na minha vida sempre tive e fiz questão de desenvolver ferramentas para saber lidar e incorporar os aspectos negativos da vida mas, desta vez, não tinha conseguido. 

Confesso que acordei enjoada (e até rabugenta) com todo o #drama e, quando olhei para o pé, estava normal. Ouviste cérebro? Dorido, é certo, mas o expectável. Numa tour pela casa - apenas uma porque não quero esforçar demasiado - fiz um batido super nutritivo e fui buscar um saco de gelo para o dia 2. De volta à realidade prática e até já pensei em exercícios para os braços e abs. Não sei se terei paciência de concretizá-los , é certo, mas é a minha forma de superar as coisas: há sempre uma solução, há sempre um caminho.

14 setembro, 2013

O DELAY DA SEXTA-FEIRA 13!

Lembram-se quando disse que, em termos de lesões, a coisa que tinha mais medo era de torcer o pé? 

Guess what...

Adoro ir ao gym aos sábados de manhã, começar o fim-de-semana cheia de energia e super relaxada do yoga. Primeira aula? Cardio! É das poucas com coreografia que eu retiro prazer e é óptima para trabalhar o corpo todo. O que não estava à espera era da multidão pós-férias e iniciados... Sala cooompletamente a abarrotar e como cheguei tarde fiquei na última fila - coisa que normalmente agradeço. 

À minha frente, uma miúda nova, ao meu lado direito também. Mas tudo bem, desde que cada uma entre na onda e dê espaço, tudo se concretiza, ou pensava eu. Nem 5 minutos depois do início, faço um duplo salto para a direita mas o mesmo não aconteceu com a rapariga da direita. Ao assentar o pé direito, sinto-o a quebrar totalmente em cima de um pé alheio. 

Bolas! Tinha acontecido! Todos aqueles momentos na corrida em que visualizo uma possível queda e previno-a. Desta não estava à espera. E também não estava à espera que a miúda da frente caísse em cima de mim porque estava totalmente alheia ao que tinha ocorrido e estava preocupada em seguir a coreografia. Isto tudo durou 5 segundos. Levantei-me e saí da aula. O dia tinha acabado ali. 

O que vale é que a Sofia L. trouxe-me de carro até casa - life saving moment! Depois só tive que subir 4 andares sem elevador e no conforto aqui jazo. 

Agora estou a ser minuciosamente cuidadosa com o pé: colocar muito gelo e tomar drogas para ajudar o processo. A ideia de não poder fazer nada nos próximos dias é-me profundamente aborrecida... LOGO AGORA QUE TINHA PERDIDO O PESO DAS FÉRIAS! 

Lesões de guerra fazem parte, só espero é que esta não dure para sempre e arruíne o meu amor visceral, a corrida.


06 setembro, 2013

O DRAMA. O HORROR. A TRAGÉDIA.

Depois de uma belas semanas de férias o meu corpo decidiu que já estava na hora de voltar ao trabalho. Bom, na verdade foi a balança - but who cares. Após ter-me pesado em algumas balanças por este país fora (consciência pesada leva a isso), decidi que na segunda-feira iria voltar à realidade numa balança fidedigna. A palpitação cardíaca aumentou quando estava prestes a subir... E o cenário provável aconteceu: mais 4 quilos. 4??!?! Senti que merecia condolências. 


1. NEGAÇÃO - Esta balança não pode estar bem. Não pode. Desde quando é que as farmácias têm boas balanças? Que desperdício de 50 cêntimos. 


2. RAIVA - LOSER! LO-LO-LO-LO-SER! "Ai, olha para mim, fui de férias e comi imensos doces e consigo contar quantas vezes calcei os ténis num espaço de semanas" Voi lá, feliz com o resultado?!?! L!


3. NEGOCIAÇÃO - Prometo que vou voltar a comer sem aqueles pequenos excessos diários (esse veneno disfarçado) e que farei exercício todos os dias. Todos! Olha para mim a sair a correr da farmácia. Olha!


4. DEPRESSÃO - Bolas. Quatro quilos. Quatro. É desta que perco o rumo. Eu sabia que um dia ia acontecer isto. Não sou feita para ser como era. Adeus corpo. Adeus ginásio. Adeus corrida. Até sempre. 


5. EUREKA/ACEITAÇÃO - Pst, pst, já te vitimaste o suficiente ou ainda queres mais espaço? Please, quem perde 12 quilos em 4 meses, não perde esses míseros 4? Foste de férias, comeste de forma razoável e apimentaste os momentos mortos com coisas doces. Bu-uh! A tua vida acabou, que comece a música fúnebre... A verdade é que tu não precisas de planos rígidos ou dietas malucas, tu és naturalmente assim: metabolismo um pouco lento mas quando trabalhas esses músculos, ninguém te pára. VAIS CORRER UMA MARATONA! Conheces muitas pessoas que façam isso? Não!! Então cala-te e work it off!

E 4 dias depois do dia fatídico já perdi quase 2 quilos. Tudo pontuado com exercício físico diário e uma boa alimentação - mmmm, ok, tirando uma ou outra refeição mas gosto de ser exigente q.b. É importante dizer que esses cinco estádios demoraram alguns minutos e nada como uma aula de trx de 50 minutos  com uma instrutora nazi (descrito de forma hilariante por Sofia L.) para fazer-me sentir invencível.